Livro dos Mortos (Papiro dos Mortos)
Descrição: O "Livro dos Mortos" não era um livro único, mas uma coleção de feitiços e encantamentos escritos em papiros que acompanhavam os mortos para ajudá-los na jornada através do submundo egípcio (Duát) e alcançar a vida eterna.
Função: Seu principal objetivo era guiar as almas dos falecidos através dos perigos e desafios após a morte e garantir sua ressurreição e admissão no além, onde seriam julgados pelo deus Osíris. O julgamento de Osíris era crucial para determinar se a alma poderia ser aprovada e viver eternamente.
Conteúdo: O livro contém feitiços de proteção, orações, e passagens que descrevem o julgamento no tribunal de Osíris, incluindo o famoso "Feitiço 125", que narra a declaração de inocência do falecido (O “Peso do Coração”).
Outros Textos Religiosos Importantes
1. Textos das Pirâmides:
Escrito durante o Antigo Império (c. 2400–2300 a.C.), são uma coleção de feitiços e orações inscritas nas paredes das pirâmides reais. Esses textos visavam proteger o faraó na vida após a morte e garantir sua ascensão ao céu, onde se uniria ao deus-sol Ra.
2. Textos dos Sarcófagos:
Similar aos Textos das Pirâmides, mas aplicados a indivíduos de classes mais baixas, os Textos dos Sarcófagos eram escritos em sarcófagos de pessoas que não eram faraós, mas ainda buscavam proteção para sua jornada no além.
3. Hinos a Ra e Outros Deuses:
O culto ao deus Ra, o deus sol, estava presente em várias composições e hinos, como o "Hino a Ra" e o "Livro da Crição", que explicava como o deus Ra criou o universo. Esses textos destacam a relação íntima dos egípcios com o sol e sua crença de que o faraó era a encarnação de Ra na Terra.
4. O "Livro de Aton" (do reinado de Akhenaton):
Embora menos famoso, o culto a Aton introduziu durante o reinado de Akhenaton teve seus próprios escritos e hinos dedicados ao deus-sol Aton, que buscavam exaltar a grandeza desse único deus solar.
Esses textos formavam um sistema religioso complexo, no qual a crença na vida após a morte e no julgamento do falecido era central. Cada escrito tinha uma função específica no processo de transição para o além e na comunicação com os deuses, visando garantir a imortalidade e a proteção espiritual.
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